sábado, 27 de novembro de 2010

Dia especial






Naquele dia acordei mais cedo, mais feliz. Afinal, era um dia especial para mim. Esperei ansiosa até a hora de sair. Talvez parte desta minha ansiedade fosse porque sabia que ele me abraçaria novamente. Faz tanto tempo desde a última vez que senti seu calor envolvendo o meu corpo que tinha até me esquecido como era estar em seus braços. Cheguei e logo fui recebida com calorosos abraços e frases para o futuro, mas dele não ouvi nada, nem ao menos um oi. Achei estranho, será que ele havia se esquecido? Creio que não, espero que não. Mas mesmo que tivesse se esquecido, todos me parabenizaram, ele no mínimo notou isso. Então porque não fez o mesmo? Algumas horas se passaram e, eu já havia desistido de ouvir algo de sua boca que fosse voltado para mim. Nos olhamos e eu desviei os olhos com um certo rancor. Alguns segundos se passaram e ele disse: - Não pense que eu esqueci, nunca esqueceria. Estou apenas esperando a hora certa. Hora certa? Por um acaso é a hora em que eu morro a esperar? Mais um tempo se passou e eu já tinha tirado todo o esmalte vermelho que cobriam minhas unhas. Na hora de partir a maioria já tinha se ido. E eu o esperava. Afinal, se não fosse ali não seria mais. Nos olhamos como da outra vez, mas desta vez não desviei os olhos. Ele sorriu, beijou meu rosto e abraçou. Naquele momento eu descobri onde ficava a eternidade, em seu abraço. – Já que você não me presenteou com nada, posso pedir uma coisa? – Peça. – Diga que me ama. Pela última vez. Não me negue isso. Por favor. Uma pausa e finalmente ele rompe o silêncio que me corroía. – Eu te amo. Sorri. Virei às costas e fui embora. Não tinha certeza se aquilo tinha sido dito de coração. Certamente não mais.  Mas estava feliz, pois tinha sido dito para mim. E isso bastava.   

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sábado, 27 de novembro de 2010

Dia especial






Naquele dia acordei mais cedo, mais feliz. Afinal, era um dia especial para mim. Esperei ansiosa até a hora de sair. Talvez parte desta minha ansiedade fosse porque sabia que ele me abraçaria novamente. Faz tanto tempo desde a última vez que senti seu calor envolvendo o meu corpo que tinha até me esquecido como era estar em seus braços. Cheguei e logo fui recebida com calorosos abraços e frases para o futuro, mas dele não ouvi nada, nem ao menos um oi. Achei estranho, será que ele havia se esquecido? Creio que não, espero que não. Mas mesmo que tivesse se esquecido, todos me parabenizaram, ele no mínimo notou isso. Então porque não fez o mesmo? Algumas horas se passaram e, eu já havia desistido de ouvir algo de sua boca que fosse voltado para mim. Nos olhamos e eu desviei os olhos com um certo rancor. Alguns segundos se passaram e ele disse: - Não pense que eu esqueci, nunca esqueceria. Estou apenas esperando a hora certa. Hora certa? Por um acaso é a hora em que eu morro a esperar? Mais um tempo se passou e eu já tinha tirado todo o esmalte vermelho que cobriam minhas unhas. Na hora de partir a maioria já tinha se ido. E eu o esperava. Afinal, se não fosse ali não seria mais. Nos olhamos como da outra vez, mas desta vez não desviei os olhos. Ele sorriu, beijou meu rosto e abraçou. Naquele momento eu descobri onde ficava a eternidade, em seu abraço. – Já que você não me presenteou com nada, posso pedir uma coisa? – Peça. – Diga que me ama. Pela última vez. Não me negue isso. Por favor. Uma pausa e finalmente ele rompe o silêncio que me corroía. – Eu te amo. Sorri. Virei às costas e fui embora. Não tinha certeza se aquilo tinha sido dito de coração. Certamente não mais.  Mas estava feliz, pois tinha sido dito para mim. E isso bastava.   

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